É de conhecimento público a existência de psicodélicos, como o LSD (dietilamida do ácido lisérgico), MDMA (metilenodioximetanfetamina), a ibogaína (princípio ativo da raiz da iboga), a quetamina e a ayahuasca, mas poucos sabem que existem pesquisadores que buscam comprovar a eficácia de psicodélicos para o tratamento de doenças consideradas como graves ou até mesmo incuráveis.
No Brasil, Estados Unidos e na Europa, vários estudos vêm sendo conduzidos por médicos especialistas em ciência psicodélica e é sobre esse tema que vamos abordar!
O que é ciência psicodélica?
A ciência psicodélica é um ramo da neurociência que estuda os efeitos psicológicos e neurobiológicos de drogas psicodélicas, como LSD, psilocibina e DMT, além de divulgar estudos científicos sobre o uso medicinal de substâncias e plantas psicodélicas, seu potencial terapêutico, efeitos causados no organismo, toxicidade e segurança.
Essas substâncias são conhecidas por causar alterações na percepção, consciência e pensamento, e estão sendo investigadas como tratamentos para uma ampla variedade de condições, incluindo ansiedade, depressão, transtornos alimentares e adição.
De acordo com registros históricos, esse ramo foi iniciado em meados do século 20 e de acordo com dados da Web of Science, no início dos anos 1990 até 2019 foi identificado cerca de 700 publicações de estudos. Atualmente o número de pesquisas sobre a medicina alternativa com base em substâncias como Psilocibina, Ibogaína, Ayahuasca, MDMA e LSD é ainda maior.
A pesquisa em ciência psicodélica tem se expandido nos últimos anos, com estudos clínicos crescentes e resultados promissores. Alguns estudos sugerem que os psicodélicos podem ajudar a reorganizar as redes neurais do cérebro, o que pode levar a uma mudança positiva na forma como as pessoas processam e lidam com as emoções. Além disso, algumas pesquisas apontam para o potencial dos psicodélicos para ajudar a reduzir a ansiedade, melhorar a resiliência e aumentar a criatividade.
Embora os estudos e pesquisas tenham sido encorajadores, é importante destacar que os psicodélicos são drogas potentes e podem ter efeitos colaterais negativos, como alucinações e distúrbios emocionais. Além disso, as doses erradas ou o uso inadequado podem ser perigosos.
Psicodélicos mais famosos
Psilocibina – É um composto encontrado em alguns tipos de cogumelos que é conhecido por causar alterações na percepção, consciência e pensamento e está sendo investigado pela ciência psicodélica.
Ibogaína – É uma substância encontrada em uma planta africana e é conhecida por suas propriedades psicodélicas e potencial para o tratamento da dependência de substâncias, como opiáceos e cocaína.
Ayahuasca – É uma bebida psicodélica tradicionalmente usada em cerimônias xamânicas na Amazônia e é conhecida por suas propriedades psicodélicas e potencial para ajudar na introspecção e autoconhecimento.
LSD (dietilamida do ácido lisérgico) – É uma droga psicodélica conhecida por causar alterações na percepção, consciência e pensamento, que tem sido objeto de estudo na ciência psicodélica como possível tratamento para uma ampla variedade de condições mentais e emocionais.
MDMA – Também conhecido como ecstasy, é uma droga psicodélica que é conhecida por causar euforia e sensações de bem-estar, mas também pode ter efeitos colaterais negativos, como ansiedade e alterações no humor, e está sendo investigado pela ciência psicodélica como possível tratamento para condições como o transtorno de estresse pós-traumático.
Em cada ano é constatado que a terapia com psicodélicos para distúrbios psiquiátricos e traumas severos é eficaz e ainda superior, com relação aos métodos convencionais, realizados com a indução de outros tipos de medicamentos.
Além disso, a ciência psicodélica está explorando a capacidade dessas substâncias de ajudar as pessoas a terem uma compreensão mais profunda de si mesmas e do mundo ao seu redor, o que pode ter implicações importantes para o bem-estar emocional e o crescimento pessoal.
A ciência psicodélica é uma área em rápido crescimento e está mudando a forma como entendemos e abordamos problemas mentais e emocionais. É importante continuarmos a investir em pesquisas rigorosas e clínicas para compreender plenamente o potencial terapêutico dessas substâncias e como podem ser utilizadas de forma segura e efetiva.